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cidadeagar

UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA

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UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA

CRÓNICAS DE UM CIDADÃO ATENTO

11.08.13, José Rocha

1 – Candidatura CDU: uma perspetiva

Observando as ações levadas a cabo pela candidatura CDU às autárquicas 2013, assim como o grupo que tem estado envolvido nessas ações, surgem com certeza questões que são comuns a grande parte da população do concelho de Viana do Alentejo e que devem ser levantadas para uma reflexão conjunta.

Onde estão algumas das figuras mais proeminentes do PCP / CDU? Onde está a Teresa Penetra, sempre presente no topo das listas ao longo dos últimos anos e tendo, inclusivamente, sido vereadora? Onde anda a Vera Cardoso, mulher com experiência na gestão autárquica? Que aconteceu ao José Rato, presidente da Junta de Freguesia de Aguiar? Que fizeram ao Estêvão Pereira, histórico do concelho, mandado agora para o fim da lista? Que equipa é esta, de caras tristonhas que nunca se viu igual noutras campanhas!? Não admira que as apresentações feitas pela CDU até agora tenham sido chochas e sem fôlego, quase às moscas, com apenas meia dúzia de fiéis inconformados e outra meia dúzia de novidades sem fibra nem credibilidade, empurrados para uma equipa na qual eles próprios parecem não acreditar, à exceção de Aguiar que, apesar de sempre ignorada pelas equipas da CDU na Câmara, continua fiel ao partido (não ao candidato!).

Talvez parte da explicação para o provável fiasco desta CDU esteja na falta de carisma e de consistência política do seu líder, o camarada João Penetra. É conhecido por ser boa pessoa, certinho e dinâmico no que respeita às causas da associação que dirige. Mas como político, quem é João Penetra? Governou o concelho de Viana durante 14 anos, à sombra do Estêvão Pereira, provavelmente sempre inconformado com a posição de segundo plano que lhe foi destinada. A verdadeira ambição era ser presidente de Câmara e conseguiu-o em Alvito (calculem!) Quatro anos em Alvito e o que fez o presidente Penetra? Nada! É só ouvir os cidadãos do concelho de Alvito (qualquer um) e ficamos a saber que João Penetra foi o pior presidente de Câmara que alguma vez passou por aquelas bandas. Não fez obra, não fez projetos, não candidatou nenhum projeto de obra de qualquer tipo, nunca ganhou a simpatia nem as graças da população daquele concelho e foi corrido a grande velocidade, porque, se lá ficasse, seria esmagado por qualquer candidato que lhe fizesse concorrência, tal é a nulidade que o caracteriza enquanto autarca e político.  

Virou-se então para Viana e aí está ele a espalhar sorrisos e charme, como se convencesse a população que é assim que se governa um concelho. Haverá ainda quem acredite que o homem é bom, mas é só ouvir o seu discurso para perceber que a falta de força, a ausência de ideias e de espírito de combate, fazem de João Penetra um sujeito simples e um bom homem, cuja ambição de chegar a presidente de Câmara não passa disso mesmo. O homem quer ser presidente, o homem quer mandar, o homem gosta do povo… mas o homem não apresenta ideias novas e só fala do passado distante, parecendo preso a projetos de outros tempos, alguns felizes, outros desastrosos e polémicos, o homem está mal assessorado por uma lista de elementos piores do que ele mesmo, o homem é um político de treta e um autarca que não sabe governar…  

Naturalmente, a população do concelho de Viana do Alentejo tem que saber quem é este candidato, que se acha boa pessoa (e deve sê-lo), que se considera vítima da má-língua e da perseguição por parte dos seus adversários, confundindo ataques pessoais com ataques políticos, estes democraticamente legítimos numa campanha eleitoral, onde as forças partidárias devem naturalmente apresentar as suas linhas de ação e fazer crítica política aos seus oponentes. Sempre foi assim e sempre assim será, num regime democrático, onde a liberdade impera, sem ofensas pessoais, mas com garra e espírito de luta.

Não se espera que numa campanha eleitoral os candidatos andem aos beijinhos e abraços uns com os outros e usem a hipocrisia para ver quem ganha. As batalhas políticas fazem-se de críticas e ataques fundamentados e legítimos; é assim que a população se esclarece, porque é desta forma que chega até ela a verdade sobre a política e sobre os homens da política; é assim que o povo sabe o que fizeram e o que serão capazes de fazer aqueles que se candidatam a votos para governar o concelho nos próximos quatro anos.

Quem está na política deveria saber que as verdades políticas devem ser ditas e não tentar convencer os outros da ideia de que ser atacado por se ser um péssimo autarca é o mesmo que ser atacado ou ser perseguido pessoalmente, incutindo nas pessoas a ideia errada da vitimização. Se há um candidato que já demonstrou que não sabe governar um concelho, que não sabe gerir uma autarquia, que não consegue compreender e ajudar a população, então, todos têm de ser informados e esclarecidos sobre este chumbo político.

O candidato João Penetra é um homem com o dom da simpatia e da palavra fácil e bonita, contudo, não dá respostas a questões e dúvidas pertinentes da população. É nítido que prefere fazer-se de coitadinho e de vítima da maledicência a justificar ou esclarecer as pessoas que, mais uma vez legitimamente, gostariam de saber por que razão é que um homem que tanto quer ao seu concelho, abandonou a sua governação, enquanto vereador, em 2007, para ir trabalhar durante 5 dias numa empresa, sem dar até hoje qualquer explicação ao povo que tanto diz amar? Aqui fica, mais uma vez, a pergunta à espera da resposta que tarda em chegar.

P.S. Atenção! Isto não é um ataque pessoal; é apenas uma perspetiva política!

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