José Rocha, aluno do 1º ano do, Curso Profissional de Técnico de Construção Civil da EPRAL, Pólo de Évora ganhou o concurso “Inventa o teu Jogo”. Um concurso promovido no âmbito do 9º Campeonato Nacional de Matemática 2013, realizado em Março na cidade de Évora. O objectivo era criar um jogo matemático de tabuleiro onde não existisse informação escondida, como na batalha naval, ou existisse a intervenção da sorte e do azar, por exemplo com o lançamento de dados. O Magnus, nome do jogo, foi o pretexto para uma conversa sobre o jogo e sobre a matemática.
DS. Em que consiste este jogo que tu criaste? O Magnus.
José Rocha: O objectivo do jogo é “comer” as peças negras do adversário.
DS: Como nas damas?
José Rocha: Bem como nas damas e como no xadrez. Não é um jogo de damas. Aqui as peças estão numeradas de um a cinco, existem mais duas negras. Estas possuem um estatuto especial, quer no que diz respeito a “comer” as peças do adversário, quer na forma como se movimentam.
DS: Cada peça tem regras para se movimentar, é isso?
José Rocha: Exactamente. Um pouco como no xadrez, em que cada elemento só pode movimentar-se de determinada maneira.
DS: Como é que surgiu esta ideia?
José Rocha: Eu sempre gostei de jogos de tabuleiro. E foi um pouco por impulso. A Professora Patrícia apresentou as regras do concurso durante uma aula, lançou o desafio e, um pouco por intuição, aceitei. Pensei que era capaz de ser uma coisa interessante.
DS: E que relação tem o jogo “Magnus” com a matemática?
José Rocha: Os jogos deste tipo estão relacionados com a forma como vimos o espaço (como na geometria) tal como as estratégias que temos que usar para nos movimentarmos no tabuleiro e para ganharmos o jogo. Não tem muito a ver com a sorte ou azar. É preciso pensar.
DS: Como é que construíste o jogo?
José Rocha: Do ponto de vista dos materiais não foi muito difícil. Trata-se de um tabuleiro quadrangular, e 14 peças redondas, 5 cor de rosa, 5 azuis e 4 negras, com rebordo. O mais interessante foi testar o jogo com os meus colegas. Foram esses jogos de teste, que levaram a afinar algumas regras, quer na movimentação das peças quer na forma de jogar.
DS: E a tua relação com a matemática?
José Rocha: Bem, essa é uma pergunta difícil. Sempre foi a minha disciplina favorita, no exame de matemática do 9º ano tive 5. Depois houve um período em que nem por isso…agora que encontrei o que queria fazer do ponto de vista profissional (o Curso Técnico de Construção Civil), a matemática é o que sempre foi uma disciplina onde estou à vontade e trabalho facilmente.