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cidadeagar

UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA

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UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA

AI SE A MODA PEGA

30.07.12, José Rocha

O presidente da Junta de Freguesia de Oriola (Portel), Hermenegildo Valverde, salvou o encerramento da escola primária local ao contratar para a sua empresa uma família romena com nove filhos. Sete das crianças romenas vão integrar o estabelecimento de ensino no próximo ano lectivo: cinco no ensino básico e dois no jardim-de-infância.

"Com a falta de trabalho que existe na região, os jovens são obrigados a abandonar a localidade. Resolvi contratar esta família para aumentar o número de crianças na aldeia e para que, num futuro próximo, a escola não feche por falta de crianças", frisou o autarca.

Hermenegildo Valverde frisou ainda que o chefe da família romena foi contratado para a sua queijaria, para um lugar de pastor. "A mulher fica em casa com os filhos", disse, acrescentando ainda que a família, residente há dois anos em Portugal, "foi muito bem recebida" em Oriola, tendo ficado alojada numa casa "no centro da aldeia".

A partir de Setembro a esco-la básica ficará com um total de 16 alunos. Já o jardim-de-infância vai ter 11 crianças. "Sem escola, a aldeia morre. Para a seguran-ça das crianças é muito importante a proximidade das famílias", referiu Maria Faísco, educadora na escola há três anos. O Ministério da Educação e Ciência já anunciou o fecho de 239 escolas primárias no próximo ano lectivo.

Visto Aqui

 

ÉVORA - PCP ACUSA PS DE GESTÃO RUINOSA EM QUATRO CAMARAS DO DISTRITO

26.07.12, José Rocha

O PCP acusou o PS de gestão ruinosa nos municípios de Évora, Alandroal, Borba e Mourão.

Em conferência de imprensa, Diamantino Dias, da Direção da Organização Regional de Évora do PCP, referiu que estas autárquicas estão em situação de desequilíbrio financeiro.

O dirigente comunista alertou para as graves consequências de estas câmaras recorrerem ao Programa de Apoio à Economia Local.

Diamantino Dias defendeu ainda que o programa, disponibilizado pelo Governo, “não vai resolver os problemas” dos municípios em dificuldades, porque muitas das verbas que irão receber vão diretamente para o Estado, para pagar dívidas à Águas de Portugal e à ADSE

Visto AQUI

SINCERAMENTE....

22.07.12, José Rocha

Falando bem alentejano para que toda a gente perceba, começo por dizer que grande falta de tato, não haveria melhor sitio que a PORTA DA IGREJA MATRIZ em Aguiar para montar barraca e vacinar toda a canzuada.Foi um ver de fiéis a fazer slalons saltos e outras malabarices para conseguirem entrar na igreja.

Tomem juizo e de uma vez por todas acabem com este espetaculo na praça principal da vila.

Se em viana e alcaçovas é no estaleiro da camara, porque é que em aguiar não é?

 

 

UM POVO DE CORNOS MANSOS?

18.07.12, José Rocha

 

Um dos aspectos mais indignos do programa de austeridade que está a ser imposto aos portugueses é o facto de no discurso de muitos políticos, incluindo estrangeiros, estar presente o pressuposto de que os portugueses, são cornos mansos, uns cobardpolas. Publicamente ninguém o diz, preferem chavões politicamente correctos, dizem que os portugueses são mais compreensivos, mais empenhados, mais responsáveis, mas em privado a palavra que todos usam é cobarde.
 
Há muito que comparando o povo português com outros aparentemente mais aguerridos, como o espanhol ou o grego, se diz que somos mais mansos, mais cobardolas, em suma, que somos cornos mansos. O próprio governo foi bem mais longe do que a troika porque depois de devidamente amedrontado os portugueses aceitam tudo, até aceitam que os enfermeiros com verdadeiras licenciaturas sejam gozados por políticos com falsas licenciaturas e aceitem empregos ou ganham menos do que empregadas domésticas.
 
Não admira que a principal competência do “p”residente da República seja a de dar indicações ao governo sobre se pode ou não meter mais carga em cima do burro. Ao “p”residente da República pouco importa se as medias são ilegais, injustas ou abusivas, o seu papel é ir informando o Gaspar e o Passos Coelho sobre o estado físico do burro de carga que é o povo português. É por isso que vai informando o governo sobre se o burro aguenta com mais alguns fardos.
 
Esta gente confunde calculismo com cobardia e só o vai perceber quando criar uma situação política irreversível, quando o povo perder a paciência e não houver discurso apaziguador que trave a revolta que por agora vai crescendo na alma de cada um. É evidente que é melhor estar empregado do que desempregado, é melhor estar desempregado e receber o subsídio de desemprego do que não ganhar nada, é melhor receber o rendimento mínimo do que nada ter, pior do que tudo isto é estar morto com uma bala que foi disparada para o ar, estar no hospital depois de ter levado um enxerto de porrada no Chiado ou preso na penitenciária por se ter excedido nos protestos.
 
Há quem confunda paciência com cobardia, pragmatismo com mansidão, ignorância com idiotice. A história do povo português deu demasiados exemplos de coragem para que meia dúzia de fedelhos com canudos duvidosos ou doutoramentos em universidades de segunda linha venham promover reengenharias sociais que não foram debatidas por ninguém, que não foram propostas aos eleitores e que a coberto da crise e com o apoio de ocupantes estrangeiros de meia tigela permitam que um obscuro ministro das Finanças decida quem em Portugal pode se empobrecido ou deve ser enriquecido com os milhões tirados aos pobres.
 
Começa a ser tempo desta gente perceber a diferença entre uma frigideira e uma panela de pressão, a primeira faz mais barulho e a segunda ferve a temperaturas muito inferiores e quando se faz ouvir já é impossível tirar a tampa. Cobardes o tanas!

UM SEMESTRE BASTOU PARA FURAR AS CONTAS AO NUNO...!

10.07.12, José Rocha

 

Nuno vivia com o pai, reformado da Tabaqueira.
Abandonou no 2º ano o curso de Química após a morte da mãe, professora reformada.
Foi trabalhar para os serviços externos num laboratório de análises clínicas, ganhando 650 euros.

Viviam numa vivenda alugada pelos pais por 450 euros no Algueirão e o pai tinha de reforma, já com o complemento da mãe, 1800 euros mensais.

Nuno não pagava nada em casa. Os gastos da casa em alimentação, energia, agua, áudio-visual, limpeza e tratamento de roupa eram suportados voluntariamente pelo pai.

A totalidade dos 650 euros do seu salário estava destinado às suas despesas extras mensais: almoços (200 euros), carro e gasolina (120 euros), telemóvel e internet (30 euros), tabaco e café (75 euros), futebol (50 euros), bares,discotecas, festas e concertos (120 euros).

Nuno teve uma infância feliz. Apesar dos pais não serem ricos, proporcionaram-lhe condições de vida da chamada classe média, quer nos estudos e nas férias, quer na mesada para os gastos.

Foi assim na infância, na adolescência e até aos 28 anos de idade. Mas o pai faleceu em Outubro do ano passado com um ataque cardíaco.

O pai tinha algumas poupança e o Nuno após o funeral comprou um Fiat Brava Novinho em folha e foi 2 semanas com a namorada para umas férias de sonho, bem merecidas, para a República Dominicana. Quando regressaram, Lina, a namorada, de 24 anos e a tirar o curso de relações internacionais, mudou-se com armas e bagagens para a vivenda do Algueirão!

Em Janeiro passado a senhoria informou-o da actualização da renda que tinha de passar para os 600 euros e o Nuno teve de ir alugar uma casa de 2 quartos num 3 andar de um prédio modesto no casal de Sº. Brás por 300 euros e levar consigo a namorada! Em Março para além da renda, tinha na caixa do correio a facturas da luz com 80 euros, da água com 17 euros, do gás com 12 euros e 42 euros da TV cabo.

Nunca lhe tinha passado pela cabeça que estes serviços eram pagos...ai que saudades ele tem daquelas meias horas debaixo do chuveiro, na casa do pai, com água bem quentinha!

Prestes a fazer 29 anos e com a memória ainda cheia de 28 anos de boa vida, que se diga de passagem que já ninguém lhe tira, o Nuno é confrontado pela primeira vez na sua vida que no dia 23 de Março, quando ainda faltavam 7 dias para o final do mês, não tinha dinheiro suficiente nem para a gasolina nem para comer. Nem queria acreditar, até chegou a admitir que tinha sido vítima de algum roubo.

A escassez e a falta de dinheiro, e a boa vida a esfumar-se, originou as discussões na união quase de facto. A Lina, teve de optar entre o confortável quarto da casa da mãe com toda a assistência incluída ou a vida abarracada que lhe proporcionava o namorado. Claro que grande parva que ela era se ficasse a viver numa casa onde a única coisa abundante no frigorífico era o gelo!

Nuno fica sozinho e começa a meditar..."como era possível viver sem fumar (10 maços por mês), sem beber café (60 cafés por mês), sem ir de carro para o trabalho (60 litros por mês), sem ir ao futebol (2 vezes por mês), sem internet e sem telemóvel, sem TV Cabo, sem ir beber umas bejekas para o "bairro" às sextas-feiras?"

Como podia passar a vida a ver como consegue esticar os 650 euros de salário só para o aluguer de casa, alimentação, agua, gás e luz? Ainda por cima a ter de fazer as contas à vida sempre que vai ao supermercado adquirir os alimentos... que saudades tem daquela cataplana de marisco que o pai fazia soberbamente!

A poupança que os pais fizeram tão zelosamente foi-se... a espaçosa casa com jardim foi-se... o orçamento familiar suportado com a razoável reforma do pai foi-se...
A namorada foi-se... longe de isso lhe equilibrar as contas, limita-se a adiar o agravamento das dívidas!

Como num semestre a vida do Nuno ficou esburacada pela realidade da vida!
Nuno não é duma geração rasca. A vida actual da sua geração é que o enrascou!

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