O presidente da Junta de Freguesia de Oriola (Portel), Hermenegildo Valverde, salvou o encerramento da escola primária local ao contratar para a sua empresa uma família romena com nove filhos. Sete das crianças romenas vão integrar o estabelecimento de ensino no próximo ano lectivo: cinco no ensino básico e dois no jardim-de-infância.
"Com a falta de trabalho que existe na região, os jovens são obrigados a abandonar a localidade. Resolvi contratar esta família para aumentar o número de crianças na aldeia e para que, num futuro próximo, a escola não feche por falta de crianças", frisou o autarca.
Hermenegildo Valverde frisou ainda que o chefe da família romena foi contratado para a sua queijaria, para um lugar de pastor. "A mulher fica em casa com os filhos", disse, acrescentando ainda que a família, residente há dois anos em Portugal, "foi muito bem recebida" em Oriola, tendo ficado alojada numa casa "no centro da aldeia".
A partir de Setembro a esco-la básica ficará com um total de 16 alunos. Já o jardim-de-infância vai ter 11 crianças. "Sem escola, a aldeia morre. Para a seguran-ça das crianças é muito importante a proximidade das famílias", referiu Maria Faísco, educadora na escola há três anos. O Ministério da Educação e Ciência já anunciou o fecho de 239 escolas primárias no próximo ano lectivo.
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O PCP acusou o PS de gestão ruinosa nos municípios de Évora, Alandroal, Borba e Mourão.
Em conferência de imprensa, Diamantino Dias, da Direção da Organização Regional de Évora do PCP, referiu que estas autárquicas estão em situação de desequilíbrio financeiro.
O dirigente comunista alertou para as graves consequências de estas câmaras recorrerem ao Programa de Apoio à Economia Local.
Diamantino Dias defendeu ainda que o programa, disponibilizado pelo Governo, “não vai resolver os problemas” dos municípios em dificuldades, porque muitas das verbas que irão receber vão diretamente para o Estado, para pagar dívidas à Águas de Portugal e à ADSE
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Falando bem alentejano para que toda a gente perceba, começo por dizer que grande falta de tato, não haveria melhor sitio que a PORTA DA IGREJA MATRIZ em Aguiar para montar barraca e vacinar toda a canzuada.Foi um ver de fiéis a fazer slalons saltos e outras malabarices para conseguirem entrar na igreja.
Tomem juizo e de uma vez por todas acabem com este espetaculo na praça principal da vila.
Se em viana e alcaçovas é no estaleiro da camara, porque é que em aguiar não é?
Nuno vivia com o pai, reformado da Tabaqueira.
Abandonou no 2º ano o curso de Química após a morte da mãe, professora reformada.
Foi trabalhar para os serviços externos num laboratório de análises clínicas, ganhando 650 euros.
Viviam numa vivenda alugada pelos pais por 450 euros no Algueirão e o pai tinha de reforma, já com o complemento da mãe, 1800 euros mensais.
Nuno não pagava nada em casa. Os gastos da casa em alimentação, energia, agua, áudio-visual, limpeza e tratamento de roupa eram suportados voluntariamente pelo pai.
A totalidade dos 650 euros do seu salário estava destinado às suas despesas extras mensais: almoços (200 euros), carro e gasolina (120 euros), telemóvel e internet (30 euros), tabaco e café (75 euros), futebol (50 euros), bares,discotecas, festas e concertos (120 euros).
Nuno teve uma infância feliz. Apesar dos pais não serem ricos, proporcionaram-lhe condições de vida da chamada classe média, quer nos estudos e nas férias, quer na mesada para os gastos.
Foi assim na infância, na adolescência e até aos 28 anos de idade. Mas o pai faleceu em Outubro do ano passado com um ataque cardíaco.
O pai tinha algumas poupança e o Nuno após o funeral comprou um Fiat Brava Novinho em folha e foi 2 semanas com a namorada para umas férias de sonho, bem merecidas, para a República Dominicana. Quando regressaram, Lina, a namorada, de 24 anos e a tirar o curso de relações internacionais, mudou-se com armas e bagagens para a vivenda do Algueirão!
Em Janeiro passado a senhoria informou-o da actualização da renda que tinha de passar para os 600 euros e o Nuno teve de ir alugar uma casa de 2 quartos num 3 andar de um prédio modesto no casal de Sº. Brás por 300 euros e levar consigo a namorada! Em Março para além da renda, tinha na caixa do correio a facturas da luz com 80 euros, da água com 17 euros, do gás com 12 euros e 42 euros da TV cabo.
Nunca lhe tinha passado pela cabeça que estes serviços eram pagos...ai que saudades ele tem daquelas meias horas debaixo do chuveiro, na casa do pai, com água bem quentinha!
Prestes a fazer 29 anos e com a memória ainda cheia de 28 anos de boa vida, que se diga de passagem que já ninguém lhe tira, o Nuno é confrontado pela primeira vez na sua vida que no dia 23 de Março, quando ainda faltavam 7 dias para o final do mês, não tinha dinheiro suficiente nem para a gasolina nem para comer. Nem queria acreditar, até chegou a admitir que tinha sido vítima de algum roubo.
A escassez e a falta de dinheiro, e a boa vida a esfumar-se, originou as discussões na união quase de facto. A Lina, teve de optar entre o confortável quarto da casa da mãe com toda a assistência incluída ou a vida abarracada que lhe proporcionava o namorado. Claro que grande parva que ela era se ficasse a viver numa casa onde a única coisa abundante no frigorífico era o gelo!
Nuno fica sozinho e começa a meditar..."como era possível viver sem fumar (10 maços por mês), sem beber café (60 cafés por mês), sem ir de carro para o trabalho (60 litros por mês), sem ir ao futebol (2 vezes por mês), sem internet e sem telemóvel, sem TV Cabo, sem ir beber umas bejekas para o "bairro" às sextas-feiras?"
Como podia passar a vida a ver como consegue esticar os 650 euros de salário só para o aluguer de casa, alimentação, agua, gás e luz? Ainda por cima a ter de fazer as contas à vida sempre que vai ao supermercado adquirir os alimentos... que saudades tem daquela cataplana de marisco que o pai fazia soberbamente!
A poupança que os pais fizeram tão zelosamente foi-se... a espaçosa casa com jardim foi-se... o orçamento familiar suportado com a razoável reforma do pai foi-se...
A namorada foi-se... longe de isso lhe equilibrar as contas, limita-se a adiar o agravamento das dívidas!
Como num semestre a vida do Nuno ficou esburacada pela realidade da vida!
Nuno não é duma geração rasca. A vida actual da sua geração é que o enrascou!
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