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cidadeagar

UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA

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UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA

COMENTÁRIO AO POST - QUEM NÃO SE SENTE NÃO É FILHO DE BOA GENTE - 2

23.07.10, José Rocha
O senhor José Rocha tem toda a razão para estar indignado com esse senhor Estêvão. Nunca, em tempo algum, houve de facto uma distribuição equitativa dos equipamentos pelas freguesias do concelho. Sempre houve, isso sim, uma distribuição dos investimentos em função do peso eleitoral das freguesias. Só isso!


Pessoalmente não concordo que se tenham de duplicar, no nosso caso triplicar, os equipamentos, num concelho tão pequeno. Em lado nenhum do Mundo é assim, porqu é que haveria de ser aqui? Racionalidade e bom-senso, são as normas que devem nortear uma gestão equilibrada dos dinheiros públicos. Certo, alguns equipamentos base devem existir em todas as freguesias, mas outros, e neste caso dou como exemplo as piscinas de Alcáçovas - 2,7 milhões de euros de investimento para um custo de manutenção anual de 500 000 euros, não têm razão de ser. De uma forma grosseira, com o valor da manutenção, seria possível construir em Alcáçovas umas novas piscinas, de cinco em cinco anos. Nestes tempos difíceis, que por aqui vão estar muito tempo, não vos ocorre formas mais úteis de aplicar o investimento? Surrealista, não é?


O senhor José Rocha insurge-se contra a construção do pavilhão sobre a área actualmente ocupada pelo recinto de jogos descoberto. Não sou de Aguiar, mas compreendo perfeitamente esse sentimento, que sei ser partilhado por boa parte da população. Aquele é um espaço e uma configuração que a população de Aguiar há muito interiorizou como seu. Mexer ali é mexer no património histórico daquela vila. Se este argumento não fosse suficiente, e julgo que não é preciso ter uma licenciatura em psicologia para o perceber, outros existem para que o pavilhão ali não seja construído. Todos nós conhecemos a silhueta de Aguiar, quando nos aproximamos vindos de Évora. E todos nós conhecemos o formato e volumetria de um pavilhão multi-usos. Julgo por isso que qualquer pessoa consegue imaginar o impacto negativo de um caixotão desses, naquela entrada da vila. Mas não só, um pavilhão deve possuir bons acessos, mas não devem interferir com principais eixos de circulação, o que ali iria forçosamente acontecer. Depois há os estacionamentos e zonas de acesso e protecção, que se querem generosos para um equipamento daquele tipo. Resumindo, a construção de um equipamento daquele género, naquele lugar, iria pura e simplesmente arrasar com todo o espaço e com a forte carga simbólica que ele possui para a população de Aguiar. Difícil de perceber? Acho que não.


O senhor Rocha bate-se pelas suas convicções, não se vende por um prato de lentilhas, são assim os homens!

MB

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